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Analisando os dados do medidor de potĂȘncia

Assim que nos iniciamos no treino por potĂȘncia e descarregamos para um site, app ou software o nosso primeiro treino, o impacto inicial que temos Ă© de que os dados que temos Ă  disposição se multiplicaram de forma exponencial e nem sabemos por onde os devemos começar a analisar. Nos prĂłximos parĂĄgrafos serĂŁo apresentadas as principais mĂ©tricas a ter em conta na anĂĄlise dos vossos treinos.



PotĂȘncia Normalizada (NP ou Normalized Power)


A potĂȘncia normalizada Ă© uma mĂ©trica que tem em consideração a variação de potĂȘncia ao longo do treino e traduz o custo fisiolĂłgico do mesmo. È uma variĂĄvel importante a ter em conta em treinos em terreno acidentado/montanhoso, uma vez que traduz de forma mais real o custo fisiolĂłgico desse treino do que se analisarmos a potĂȘncia mĂ©dia. Em termos prĂĄticos, se fizermos um treino de 1 hora a 200W constantes a potĂȘncia mĂ©dia e a NP serĂŁo ambas de 200W. No entanto se em uma hora fizermos 20 minutos a 100W, 20 minutos a 200W e 20 minutos a 300W a potĂȘncia mĂ©dia serĂĄ tambĂ©m de 200W, no entanto a NP serĂĄ de 240W, ilustrando de forma mais real um treino que foi efectivamente mais duro que o primeiro, devido aos 20 minutos a 300W da Ășltima parte do treino.


Factor de Intensidade (IF ou Intensity Factor)


Como o prĂłprio nome indica, trata-se de uma mĂ©trica que representa a intensidade do treino tendo em conta a forma do atleta. É calculada dividindo a potĂȘncia normalizada (NP) pelo valor do FTP. Em termos prĂĄticos se um determinado atleta terminar um treino com um valor de NP de 210W e o seu FTP for de 280W, o IF desse treino Ă© de 0,75. Se esse mesmo atleta, passado uns meses, fizer o mesmo treino com NP de 210W mas o FTP tiver aumentado para 300W, o IF desse treino serĂĄ de 0,70, ou seja, devido ao atleta se encontrar em melhor forma, este Ășltimo treino foi menos intenso que o primeiro.


TSS (Training Stress Score)


Esta talvez seja a mĂ©trica mais importante a ter em conta, uma vez que traduz a carga total de um treino, ou seja, o impacto fisiolĂłgico que o mesmo provocou no atleta. No seu cĂĄlculo tem em conta o valor do factor de intensidade (IF) e a duração do treino. A TSS permite a qualquer atleta quantificar a carga dos seus treinos tendo em conta a intensidade, o volume e a frequĂȘncia, ajudando-o assim na anĂĄlise e no planeamento das cargas de treino ao longo de toda a Ă©poca.


Índice de variabilidade (VI ou Variability Index)


Esta mĂ©trica Ă© calculada dividindo a potĂȘncia normalizada (NP) pela potĂȘncia mĂ©dia e reflecte a variação de intensidade de um determinado treino. Representa o quĂŁo consistente um atleta conseguiu ser durante determinado treino ou corrida, em termos de desenvolvimento de potĂȘncia. É uma variĂĄvel a ter em conta em provas de triatlo e contra-relĂłgio, em que Ă© necessĂĄrio garantir um doseamento linear do esforço.


Curva de PotĂȘncia (Peak Power Curve)


A curva de potĂȘncia representa os melhores valores de potĂȘncia que conseguimos produzir em determinado intervalo de tempo. AtravĂ©s de um grĂĄfico conseguimos fazer uma comparação entre os picos de potĂȘncia actuais e os de determinado perĂ­odo que tenhamos em histĂłrico, permitindo-nos assim aferir o estado de forma actual e orientar o nosso treino para trabalhar os nossos pontos fracos ou aqueles pontos que farĂŁo mais diferença nas provas em que planeamos participar.

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